17 - Diário do dia 14 a 29/06/2017
Como planejado na manhã de quarta-feira acordamos no
estacionamento do Walmart e compramos algumas coisas e fui reabastecer o MH no
Posto Fred Meyer Fuel de diesel e também gasolina para o gerador. Após isso,
rumamos pela Rodovia 02 de nome Elliott Highway até a localidade de Livengood,
sendo esta toda pavimentada. Logo após Livengood, começa a Rodovia 11 Dalton
Highway que segue até Prudhoe Bay. No começo tem um pouco de pavimento, depois
estrada de terra toda em uma espécie de rípio, cascalho, enfim posso considerar
boa. Tocamos numa marcha bem legal, tranquilamente 50 km por hora, sem
solavancos e nem trepidação. Quase não tinha buraco, como se fosse um
pré-asfalto. Depois de alguns kms encontramos o Luís e a Milu voltando.
Paramos, conversamos um pouco, e o Luís falou-me que foi até a Linha do Círculo
do Ártico.
Nos despedimos e seguimos no nosso trecho, pois falei que
iria tocar até onde fosse possível, com muita segurança e não forçando o carro
e a casa. Depois seguimos até o Visitor Contact Station (milha 56) após a bela
ponte do Rio Yukon. Neste centro de visitantes fomos carinhosamente atendidos por
uma senhora que nos forneceu muitos dados sobre os pontos turísticos e também
sobre a estrutura da rodovia até Deadhorse/Prudhoe Bay. Ainda nos deu o diploma
da visita a Círculo Polar Ártico.
Reabastecemos de agua potável na milha 60 e seguimos até o
milha 98 na vista panorâmica da Finger Mountain onde estacionamos para dormir.
No dia seguinte, continuamos até a linha do Círculo Polar Ártico,
onde foi uma grande emoção chegar e cruzar essa linha imaginária. Tiramos fotos
e comemoramos mais essa nova etapa na realização deste nosso sonho. Conversamos
com outras pessoas que estavam neste lugar e outras que estavam chegando para
tirar as fotos também. Foi muito tranquilo, pois todos esperavam a sua vez.
A estrada alternava de ruim para pior, mas tinha pedaços com
asfalto e muita pedra. Tínhamos que sempre ficar em uma espécie de negociação
com os caminhões que vinham na pista contraria para diminuir a velocidade e com
isso não jogar pedras no para-brisa do MH. Fazíamos a negociação, com sinal de
luz, ligando o alerta e dando espaço e diminuindo a velocidade. E normalmente
eram educados e diminuíam a velocidade.
Com os informativos do Centro de atendimento ao turista
fomos seguindo todos os pontos turísticos pela rodovia até chegarmos a
Coldfoot, onde paramos para completar o tanque de combustível para chegarmos
com tranquilidade até Prudhoe Bay.
Depois, que passou de Sukakpak Mountain tem um passe nas
montanhas fantástico!!! Uma das vistas, mas lindas de passe que já vi. Logo
após descermos o passe, onde tem muito avisos de avalanche tanto de pedra como
de neve, as descidas são muito inclinadas, fortes e a estrada contém muita
pedra. Mas o visual é imperdível!!! Na sequência encontramos um grande espaço
de estacionamento e já tinha dois caminhões parados, então, resolvemos dormir
ali. Aqui não dá para dizer que vamos passar a noite, pois no lado deste
hemisfério, nesta época do ano, a noite não chega. Para dormir, temos de tapar
todas as gretas de claridade, pois o sol vai até a meia noite, e neste local,
se esconde atrás das montanhas, mas continua claro. Para entender, não
anoitece.
Acordamos como sempre claro, cumprimos com a nossa rotina
diária, mas aqui o clima ficou um pouco mais frio. Seguimos a estrada no meio
de muito cascalho, pequenos e grandes, sendo que com muito cuidado, pois grande
parte do trajeto não passa de 15 km por hora. Em outros momentos tem asfalto só
para dar um pouco de alegria e botar a 6ª marcha. Mas a alegria dura pouco e
continuamos na marcha e na melhor das hipóteses 30 km por hora. Bem já sabíamos
que seria assim, e temos que poupar o nosso carro, pois é uma casa e por isso
vamos na nossa marcha e dando sempre a vez no trânsito para aqueles que estão
trabalhando. Enfim nas últimas 60 milhas a coisas ficam mais complicadas, pois
estão construindo praticamente uma rodovia nova. Grande parte destas milhas,
vai um carro da empresa na frente e isso atrasa muito a viagem. Ao chegarmos em
Prudhoe Bay passamos do horário das 17 horas que seria o limite para a reserva
do ônibus da empresa que leva até o mar. Essa distância é de 8 milhas e só pode
ir com o ônibus da empresa. Íamos ficar para fazer a reserva no dia seguinte e
o passeio seria no outro dia. Teríamos que dormir duas noites (força de
expressão) ali. Tinha muito gelo, frio insuportável, e os carros aqui tem uma
tomada de luz na frente para aquecimento. Todo estacionamento tem um plug para
eles se conectarem para aquecer no frio. Andamos por tudo e tirando muitas fotos,
até que chegou uma viatura de polícia perguntando por que estamos tirando
tantas fotos. Muita explicação e o policial anotou o meu nome e informou sobre
o passeio que estava tudo congelado, e que não daria para tomar um banho no
ártico como pretendíamos. Bem, o importante é que chegamos onde pretendíamos e
isso para nós é o fundamental. Mas, a nossa viagem não terminou aqui, pois
temos muita coisa ainda para ver no hemisfério norte. Vamos contando o que vai
acontecendo. Mas agora vamos voltar para Fairbanks e conhecer outros lugares do
Alaska.
Antes fui reabastecer o MH de diesel na Estação de serviço
da Tesoro. O diesel já vem aditivado para inverno e como já comentei é o S15.
Como passava da hora, você tem que entrar numa sala onde tem uma espécie de ATM
(caixa eletrônico) com o mesmo número da bomba de combustível. Ali você passa o
cartão e o retira. A máquina aprova seu reabastecimento e você levanta uma
porta onde está a bomba protegida do frio, neve e chuva. Assim que terminar,
você volta até a máquina e pega o seu recibo com os dados do reabastecimento.
Muito prático.
Bem, com chuva e frio, começamos a voltar. A nossa ideia era
de passar o pedaço em que estão trabalhando mais intensivo, e mais ruim também,
que dá em torno de 60 milhas. Logo que passamos, já era perto das 22:00 horas e
dia ainda, resolvemos parar para dormir.
Acordei lá pelas 05:30 horas e o dia estava encoberto por
uma serração. Voltei a dormir e esperar o sol novamente. Lá pelas 09:00 o dia
estava com um sol intenso e a planície estava muito bonita com a luz solar.
Tocamos até a subida do passe e como aqui acontece tudo
muito rapidamente, mudou o tempo. Veio muita chuva, e a estrada ficou muito
escorregadia. Neste trecho tem subidas e descidas com ângulo muito inclinado,
fora do comum e não resolvemos arriscar. Por medida de segurança, achamos um
espaço adequado e resolvemos parar, jantar e descansar. O negócio é esperar que
o tempo melhore para que a estrada possa secar um pouco.
No outro dia a chuva deu uma trégua, começou a aparecer uns
raios de sol, e muito caminhão grande que são tracionados passaram e deixaram
um rastro seco. Assim, aproveitamos o momento e tocamos. Assim foi com paradas
por estarem arrumando a estrada chegamos até ao meio dia na beira de um riacho
e já num pedaço que continha asfalto resolvemos fazer o nosso almoço. Depois de
almoçar e curtir o local, pois era muito bonito, continuamos a pegar a estrada.
Andamos um bom trecho e logo veio a chuva novamente. Continuamos mesmo assim
com todo cuidado até que chegou o momento que começou a querer o carro a ficar
sem tração, e por nossa sorte logo em seguida tinha uma entrada para a obras no
Pipeline com cascalho e ali resolvemos parar e aguardar que a pista seque
novamente. Foram algumas horas esperando e vendo aqueles caminhões grandes
levando placa de isopor onde estão utilizando para isolamento na construção da
rodovia. Vimos eles colocarem uma manta, o isopor e depois espalham pedra em
cima e vão passando o rolo até ficarem com a base que creio que irão daqui a
algum tempo a rodovia deverá estar toda asfaltada. Vai acabar esse sofrimento e
encantamento também. Pois a Dalton Highway que inicia em Livengood até
Deadhorse é fantástica com belas paisagens e uma rodovia desafiante que mesmo
quando tudo estiver com asfalto, tem-se que ter muita atenção em dirigir nela.
Bem, começou a ter um trilho mais seco e resolvemos tocar
novamente. Quando vinha um veículo do lado contrário, ligamos o alerta, e muito
devagar tiramos o carro do trilho para que normalmente os caminhões passem.
Eles também diminuem a velocidade. Até o momento não posso me queixar deles.
Tocamos um trecho não muito grande, algo em torno de 16 km e estávamos perto
dos 60 milhas, camping da BLM que é free, com agua potável excelente e também
estação de dump station (descarregar o banheiro e água potável) e ali
resolvemos ficar por uns dias e pôr a casa em dia. Pois o MH estava
completamente sujo de barro e precisávamos limpar e organizar novamente. Daqui
para a cidade de Livengood são 108 km e de lá até Fairbanks é asfalto. Vamos
descansar um pouco pois as emoções em todos os sentidos foram muito fortes.
Bem, ficamos alguns dias descansando em Fairbanks,
aproveitando para conhecer a cidade que tem muitas praças, parques, rios e
lugares para caminhar. Aproveitamos também para reparar um dente da Valquíria,
pois quebrou na ida para Prudhoe Bay. Aguardamos o contato do seguro e fomos
atendidos muito bem na Clínica Alaska Dental . A Valquíria ficou muito contente
com o serviço deles executados e quando formos para o Brasil, temos que fazer
um serviço definitivo.
Em tempo: tem um parque muito legal aqui que é o Pioneer
Park com área para camping e passar o dia. Tudo free, a não ser o museu da
aeronáutica que paga $4(quatro dólares) é muito legal, com fotos dos pioneiros
na aviação do Alaska. Vale a pena visitar. Tem também o museu do trem em que
conta a história do desenvolvimento através do ouro na região. No centro de
informação turística, tem apresentação diária de grupo folclórico das diversas
regiões do Alaska. Foram dias muito proveitosos para descansar da aventura de
ir e voltar a Prudhoe Bay.
Amanhã, seguimos em direção ao Denali National Park e a
região do Oceano Pacífico, mais isso vamos contar nos nossos próximos posts.
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Dalton Highwai Rio Yukon Center ao Cículo Ártico |
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Dalton Highwai Rio Yukon Center ao Cículo Ártico |
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Dalton Highwai Rio Yukon Center ao Cículo Ártico |
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Dalton Highwai Rio Yukon Center ao Cículo Ártico |
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Dalton Highwai Rio Yukon Center ao Cículo Ártico |
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Dalton Highway Artico a Coldfoot |
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Dalton Highway Artico a Coldfoot |
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Dalton Highway Artico a Coldfoot |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Coldfoot a Prudhoe Bay |
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Prudhoe Bay |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Prudhoe Bay a Coldfoot |
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Dalton Highway de Coldfoot a 60 milhas |
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Dalton Highway de Coldfoot a 60 milhas
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Dalton Highway de Coldfoot a 60 milhas
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Fairbanks a Livengood |
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Fairbanks a Livengood |
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Fairbanks a Livengood |
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Fairbanks a Livengood |