sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Expedição Brasil até ao Alaska - Diário do dia 13 a 23/02/2017

Diário do dia 13 a 23/02/2017
Levantamos não muito cedo, já eram 09:00 horas da manhã quando saímos de Arica rumo a fronteira para fazer os trâmites de saída do Chile e entrada no Peru. O carnaval continuava, pois hoje de manhã sairá o vencedor do carnaval. A Animação estava a toda e o povo estava também pelas alturas, o que consumiram de Cristal, nome da cerveja chilena foi impressionante.
Reabastecemos o nosso carro no Posto da Copec e seguimos até a fronteira. Quando chegamos a fila estava enorme no lado Chileno. Faltava organização, para nossa surpresa. A Fila de ônibus era interminável. Perguntei se era normal na segunda-feira feira assim. E eles informam que sim. Ficamos mais de duas horas, num calor infernal. Quando chegou a nossa vez, informaram que tínhamos que comprar na lanchonete acima, dois tipos de papeis. O primeiro referia-se aos dados do carro e também a relação de passageiros. Era em 4 vias. O Segundo referia-se ao documento de entrada no Peru (um para cada passageiro). Nós tínhamos que preencher os dois documentos. Paguei em torno de 1.500,00 pesos chilenos, algo em torno de R$ 7,50(sete reais e cinquenta centavos). Voltamos ao mesmo guichê, carimbou o de 4 vias e pedi para fazer a gentileza em ser bem econômico no Carimbo do passaporte, pois expliquei que iremos ter muitas entradas e saídas de países até ao final da nossa viagem. Educadamente nos atendeu.
Na Aduana do Peru tudo foi mais rápido, e o terminal novo com mais pessoas para atender, e com banheiros limpos. Isso nos surpreendeu, pois não era assim na ultima visita em que estivemos no Peru.
Até a esta data, tem uma diferença de horário com o Brasil em – 03:00 horas. Após a fronteira, achamos uma sombra e fomos fazer o nosso almoço. Depois, rumamos para a cidade de Tacna, numa temperatura de 40ºC. Fizemos o nosso primeiro cambio no Terminal Internacional de ônibus. Onde tem os cambistas todos uniformizados e são autorizados a fazerem o cambio. Praticamente o valor do Real e Soles se igualam na prática, pois R$ 1,00 (um real) equivale a $ 1,05 (um soles, e cinco centavos). Depois fomos ao mercado, comprar frutas e verduras, lembrando, pois não passam nas fronteiras. Passam somente produtos industrializados ou cozidos.
Seguimos até ao centro, ao lado da Catedral tem a Polícia Turística, onde na frente tem lugar para estacionar os MH até 08 metros + ou -. Pedimos autorização da policial e nos atendeu. Ao nosso lado tinha um MH de um francês e família.
Tentamos comprar um Chip para internet, ou fone, mais aqui no Peru não vendem para estrangeiros. Houve mudança na Lei. Tem que uma pessoa do local emprestar os seus dados para que possam fornecer. Vamos continuar na peregrinação de rede wifi ...
Arequipa, curvas e mais curvas, sobe e desce. Enfim chegamos. Já no início o GPS nos mandou para um bairro onde tinha a rua do mesmo nome. Muita volta, ruas estreitas, sobe e desce, entra numa rua, segue pra outra, tudo tranquilo. Ainda bem que escolhemos e fizemos o carro de rodado simples e de 6,90 metros. Se não...Está se virando muito bem nestas cidades históricas. Escolhemos ficar no Hostal Las Mercedes. Lugar muito legal, com o atendimento da Sra. Úrsula e o Sr. Germano, impecável, com muitas dicas de turismo.  Indicou um casal de dentistas muito bacana Dra. Marta e Dr. Fernando que nos atendeu de pronto. Aqui no Hostal permite ficar Motor Home e por sinal tinha 06 da França, 01 da Espanha e 01 da Alemanha e nós, é claro do Brasil. Tudo muito perto do centro histórico, que se pode fazer tudo a pé, e também tem um grande supermercado de nome, Plaza Vea que + ou – 300 metros de distância do Hostal. A Internet é muito boa e o preço da estadia é bem acessível, sendo $22,00(vinte e dois soles) por pessoa. O MH não paga.
Depois de percorremos os pontos turísticos a pé, ainda fizemos um Tour de 04 horas pelos pontos turísticos mais distantes.
Aqui em Arequipa, depois de muita luta conseguimos comprar um chip da empresa BITEL, com o número do passaporte. Assim ficou, $5 soles o Chip e mais $ 30 soles por 2 Giga de internet por 30 dias. Poderia comprar de outras empresas também como Claro, etc. Mas esse foi mais em conta e em conversa com outros viajantes funciona muito bem. Mais tarde relato se foi bom.
O clima em Arequipa para nós, estava agradável, em torno de 19ºC e de noite fica muito bom para dormir. Dormimos três noites em Arequipa e amanhã, seguiremos rumo ao norte em direção a Lima e litoral. Voltaremos ao calor.
Pensando nos anos de 2004 e 2005 quando fizemos a nossa volta na América do Sul, nós não passamos por esta região, pois entramos em Nazca e dali fomos em direção para a Bolívia. Entrando no Chile pelo Passo Chungará que dá em Arica. A região é muito diferente, com eterno sobe e desce e ao encontro do mar do Pacífico. Chegamos no pôr do sol na cidade de Chala, passando a noite numa estação de serviço. Foram poucos os lugares em que visitei, ou melhor que me lembro, onde o pôr do sol se dá no mar. Na nossa região ele nasce no mar e se põe nas montanhas que é o Oeste. Lembro-me de Jericoacoara no Ceará onde subimos as dunas para ver o pôr do sol no mar. Bem, é diferente e um belo espetáculo da natureza. 
Em Nasca fomos comer um Ceviche. Estava uma delícia. Mas abusei na pimenta, ou molho picante. Depois de comer, lembrei-me que estes molhos, vão e volto para mesa dos clientes e provavelmente não são bem refrigerados. Enfim, uma dor de barriga forte que tive que tomar remédio (que nosso amigo Dr. Calazans de Balneário Camboriú, receitou um kit de remédios necessários para a viagem), pois senão os nossos 80 litros de água negra (vaso sanitário), iam ser pouco. Na saída de Nasca, na torre para avistar as figuras, encontramos um motociclista do Equador de nome Enrique que é Guarda Parque em Puerto López e sua esposa de nome Alegria também. Fez questão para que nós passássemos quando for para Equador e visitar o Parque. Ele está indo para encontros de motociclista no Brasil. Encontramos também neste mesmo local um rapaz e duas moças da Colômbia que irão até Ushuaia, num automóvel normal, parecido com um Passat dos antigos.
Continuando a nossa peregrinação fomos conhecer o oásis de Huacachina que fica próximo à cidade de Ica. O lugar é impressionante, pois fica no meio do deserto. Resolvemos ficar no Eco camping, lugar onde fica os viajantes, e também tem barraca para aluguel. Quem utiliza o seu carro, como no nosso caso, o custo é de $ 50,00 (cinquenta soles) por carro, com direito a usar os banheiros, cozinha e a piscina. E os demais hóspedes aluga a barraca(tem duas camas de solteiro e ventilador) por $ 70,00(setenta soles) por pessoa e que dá direito as mesmas coisas, mais o café da manhã.
No dia seguinte, rumamos em direção a norte para passarmos a cidade de Lima que está um caos e função de obras.
É importante realçar a minha impressão quanto ao comportamento dos motoristas do Peru. Isso dá um trabalho de dissertação muito interessante. Acredito quando nasce, o primeiro brinquedo é uma buzina, depois uma bola como no Brasil. Eu tinha esquecido de como eles buzinam e tem mais, não respeitam nenhuma lei de transito. Te ultrapassam de qualquer forma. O trabalho o título seria: “O Poder da Buzina”. Rsrs
Outra observação, é que os Postos de Serviços aqui do norte(em torno de Lima), não gostam muito de deixar passar a noite os estrangeiros. Tem que ter muita conversa. Olha que sempre completamos o tanque nestes Postos. Outra coisa: quanto ao combustível, o Diesel é o B5, ou seja, S 50. O Iveco está reagindo muito bem, inclusive melhor do que o nosso S10. A sensação é de que o motor trabalha melhor.
O calor continua. Continuamos seguindo pelo deserto. O que mais me impressiona é a capacidade e a luta do Peruanos em plantar nestas terras. O presente de Deus ao homem, a agua, pois sem ela não há vida. E aqui tá bem comprovado.  Muitos projetos agrícolas e também granja de frangos no meio do deserto. E ainda tem cidades que são a capital do arroz irrigado. Muitas plantações.

Hoje chegamos em Sullana no norte do Peru onde temos os dois caminhos mais usados para entrar no Equador. Um pelo litoral com destino a Tumbes/ Huaquillas no Equador e o outro com destino a La Tina/Macara no Equador. Bem a dúvida é cruel, ou continuamos com o calor de 41ºC que deu hoje ou vamos pegar um clima mais ameno. Nada como uma boa noite de sono para acabar com a dúvida. Contaremos no próximo post.
Arequipa

Arequipa

Dra. Marta e Dr. Fernando

Por do Sol no litoral

Arequipa a Nazca

Arequipa a Nazca

Arequipa a Nazca


Arequipa a Nazca

Arequipa a Nazca

Nazca

Nazca

Hostal Las Mercedes em Arequipa

Huacachina

Huacachina

Huacachina

Huacachina

Torre na Entrada de  Nazca

Arequipa a Nazca

Chegada ao Peru

Tuc Tuc no Peru

Tacna

Plantação no deserto

Plantação e Granja

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Expedição Brasil Até ao Alaska - Diário do dia 06 a 12/02/2017

Diário do dia 06 ao dia 12/02/2017
Antes de falar da saída da Argentina, tenho que deixar informação da mudança do nome do Diesel na Argentina nos Posto YPF, que era conhecido como EURO, passou a ser INFINIA DIESEL, com uma tarja verde. Cada Rede de Posto Combustível tem um nome diferente. Bem, após os trâmites de fronteiras, já informado no Post anterior, começou a nossa peregrinação para chegar até San Pedro do Atacama. Depois de subir até aos 4804 metros de altitude, segundo meu Garmin, a temperatura chegou até 5ºC, mas dentro da nossa casa (MH), estava bastante confortável, pois o dia era de muito sol e o céu completamente azul. A cada paisagem parecia um quadro de tão intensa que eram as cores. Depois de tanta subida, com muita atenção na temperatura, e no conta giros do carro, pois o ar rarefeito faz o carro perder um pouco de potencia e se pisar forte aquece. Depois de tanto subir já era hora de começar a descer. Então, começamos a descer com muito cuidado, pois são mais de 50 km de descida. Descíamos tranquilo, segurando no cambio, e de novo de olho no conta giros, dando sempre um toque no freio para manter a potencia dentro das especificações. Assim chegamos a San Pedro a noite. Perguntamos de um local para passar a noite e informaram que podíamos estacionar perto do Terminal de ônibus na rua lateral da praça.
San Pedro de Atacama, desde a ultima vez que estivemos por aqui, não mudou muito.  O posto de combustível continua o Copec numa rua lateral... há mudou sim, a cor da igreja na praça passou a ter a cor de barro e não mais o branco. E a praça que estacionamos o nosso MH na frente da estação rodoviária não tinha. Muito tranquilo para passar a noite. A grande dificuldade na região é o quesito água. Nem todos os lugares fornecem água, nem tem torneira disponível no Postos de Combustíveis. E quando tem, não são potáveis, e sim salobras, com pouco de sal.
De San Pedro de Atacama seguimos pela RN23 até Calama, onde fizemos cambio de moedas chilenas no grande supermercado Jumbo. Excelente local para fazer o reabastecimento da dispensa. Tudo muito organizado e limpo. Fizemos o nosso almoço no estacionamento do supermercado, descansamos um pouco e fomos reabastecer o carro no Posto da COPEC. No Chile só tem um tipo de Diesel e é de boa qualidade. Completamos o tanque e pegamos a RN24 até ao encontro da Rodovia Pan-americana que aqui tem o número RN 5. As paisagens no deserto se repetem, com raras exceções aparecem alguns Oásis, onde o verde quebra o tom de areia. O calor continua insuportável, termômetro marcando seus 39ºC, como o clima é seco, não chega a suar, mas aliado à altitude... Dá-lhe líquido, pois se não, vamos nos desidratando sem sentir.
Pela RN 5, entramos na I Região do Chile, mais conhecida como Zona Franca. O que encontramos de argentino indo e vindo de Iquique e todos carregando caixa de TV amarrada no teto dos carros. Vimos na TV que nunca houve uma invasão tão grande de argentinos nas praias chilenas como agora. Depois que entramos na Reserva Natural Pampa do Tamarugal fizemos um desvio para conhecer o Oasis de Matilla e Pica. Num completo deserto, são 250 ha de terras que produzem muitas frutas, tudo com irrigação de gotejamento. Estão situadas no deserto dentro de um vulcão e possuem agua termal no meio da pedra. Agua que vertem de puríssima qualidade. Além de tomarmos um banho na piscina de pedra na Cocha Resbaladero, completamos o tanque de água do nosso carro que já estávamos no racionamento. Aproveitamos até para lavar algumas roupas e por a casa em ordem. Passamos duas noites no Parque Valle dos Dinossauros na entrada da cidade. Pica, além de ser o nome de uma espécie de limão, para nós brasileiros que dizer outra coisa. (rsrs). Mas em “Quéchua” que dizer:” Flor do deserto”. Realmente é um paraíso, com forte valor histórico.
Saímos de Pica e rumamos para Iquique, como já falei antes, cidade invadida pelos Argentinos, por sua beleza natural e também por ser Zona Franca, onde se compra de tudo. Acredito mais por ser Zona Franca. A cidade tem muito conforto, mas as águas são muito frias. Vi muita gente na areia pegando sol, mas no mar, quase ninguém. O Chile importa muito carro usado do Japão e carros bons são vendidos por ate US$ 1.000,00 dólares. Aqui você encontra peça de todo o tipo de carro. Só que se sair desta região para outra região do Chile tem 3 meses de prazo, depois tem que voltar. Senão tem multa ardida. Aproveitamos para ter um breve encontro com o mar, fizemos nosso almoço à beira mar, visitamos o Shopping da Zona Franca e quando o sol começou a diminuir, rumamos pela RN 16 até ao encontro da RN 5. Na descida do passo para Arica, eles estão arrumando a rodovia e por isso atrasou muito os nossos planos, assim resolvemos ficar na cidade Cuyo, entrada para XV Região de Arica e Parinacota.  As estradas são muito boas, com vários estacionamentos para descansar.
Chegamos em Arica e para nossa surpresa, em pleno carnaval (10,11 e 12/02/2017). Sábado dia 11/02 começou as 14h00min horas e terminou por volta das 09h00min horas da manhã de domingo. Começando novamente as 17h00min horas. São vários blocos (se assim posso chamar), agremiações de outras regiões, evocando as suas culturas, com bandas de musicas que dão o tom da dança, que se apresentam na avenida na parte histórica, contendo arquibancadas para o povo sentar-se confortavelmente. É o carnaval mais famoso do Chile. Vieram grupos da Bolívia precisamente da cidade de Oruro (que também tem um rico carnaval).  A Valquíria prestou atenção com o detalhes nas roupas, bordadas com muito capricho. Realmente muito lindo. Por coincidência nos anos de 2004 a 2005, quando da nossa volta 360º América do Sul, estivemos nesta mesma data onde pudemos apreciar o carnaval das duas cidades (a do Chile e da Bolívia). Não tem comparativo com o do Brasil, nem se é melhor ou pior, a verdade é que é diferente. Então não temos como comparar, e sim apreciar as diferentes culturas e seus modos de expressão.
Por conta do carnaval, tudo fechado e nem Cyber Café funcionando, todo mundo no desfile. Tentei atualizar o blog, mas a internet disponível pelo Governo do Chile, gratuitamente a toda a população, por 30 minutos e depois renovar a senha provisória, não permite baixar um arquivo com fotos.
Vamos seguir em frente até por os dados em dia.

Amanhã seguiremos para a fronteira com o Peru para os trâmites de saída e entrada de país.
Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Carnaval de Arica - Chile

Vista de Arica

Vista de Arica

Vista de Arica


San Pedro Atacama até Paso Jama

San Pedro Atacama até Paso Jama

San Pedro Atacama até Paso Jama

San Pedro Atacama até Paso Jama

San Pedro Atacama até Paso Jama

San Pedro Atacama até Paso Jama

San Pedro Atacama até Paso Jama

Igreja San Pedro de Atacama

Cidade de Pica - Chile

Cidade de Pica - Chile

Cidade de Pica - Chile

Estrada para Iquique - Chile

Vista de Iquique - Chile

Vista de Iquique - Chile

Saída de Iquique - Chile