domingo, 10 de dezembro de 2017

Expedição Brasil até ao Alaska - Diário do dia 12 a 26/11/2017


27 - Diário do dia 12 a 26.11.2017

Bem, foram 3 dias de descanso e passeios por Guayaquil. Hoje subimos o Serro de Sant’Ana, muito legal a vista da cidade. Acima tem uma capela e um farol. Tudo muito seguro. São 444 degraus até em cima do serro. O lugar é cheio de vigilância. Portanto, muito seguro. No bairro de Sant’Ana tem vários museus e é reduto de muitos artistas. Até esse momento tivemos sorte na questão do clima. Está bem agradável circular pela cidade. Utilizamos muito os taxis para ir de um ponto para outro. Hoje também aproveitei o dia para trocar lâmpada do farol da baixa que tinha queimado e também do farolete do “Bisão”. Eu tinha trazido uma de cada para reposição, mas já havia trocado uma no Canadá. Comprei outra ontem. Impressionante como é a tecnologia, pois tudo é por hora de utilização. Quando uma lâmpada queima, pode esperar que logo a outra irá queimar. Amanhã seguiremos em direção a Huaquillas na fronteira com o Peru.

Acordamos no horário normal e nos preparamos para pegar a estrada. A saída de Guayaquil foi um pouco mais demorada em função do trânsito local. Saímos pela Rod.E40 até a cidade de Virgem de Fátima. Dali pegamos a Rod. E25 mais conhecida pelo nome de Troncal de La Costa e fomos até a cidade de Arenillas. Desta cidade em diante seguimos pela Rod. E50 até a entrada da cidade Huaquillas, pois dali entra para rodovia da fronteira. Muito atenção neste ponto, pois por sorte perguntei antes para um guarda que primeiro tem que dar baixa na aduana (entende-se veículo- dar baixa na Importação Temporária do veículo) que fica deste lado, a imigração se faz junto a alguns kms mais adiante na fronteira do Peru. Não tem nenhum aviso sobre isto. Um americano teve que voltar para dar a baixa do MH. Os dois atendimentos na fronteira foram muito cordiais e o chefe da Aduana do Peru George, morou no Brasil no Acre por alguns anos e estava com vontade de falar português e nos atendeu super bem. Fizemos o seguro dentro da aduana, onde tinha um boxe para este fim. Encontramos 3 brasileiros que estão prestando algum serviço ou estágio na Receita Federal do Peru na Aduana.

Entramos no Peru pela PE-1N (Panamericana Norte) e paramos para passar a noite numa estação de pedágio depois da cidade de Talara. Interessante saber de quem vem do Norte até a capital Lima não paga pedágio, somente depois da capital se for para o sul. E quem vem do Sul até a capital não paga pedágio e começa a pagar depois da capital se for para norte ou fronteira do Equador.

Esta manhã a viagem não rendeu quase nada. Isto porque até a cidade de Sullana a pista estava péssima, com muitos buracos e em alguma parte não tinha nem asfalto. Chegamos em Sullana perto das 10:30 horas da manhã. Quando fomos no início do ano, passamos a noite no estacionamento do Supermercado Plaza Vea. Hoje, fizemos nossas compras, almoçamos e fiz cambio no banco, anexo ao mercado. Depois, continuamos pela Panamericana PE-1N e deste pedaço em diante a pista melhorou e em alguns trechos foi pista dupla. Próximo do anoitecer, chegamos na cidade de Paiján e dormimos na mesma estação de serviço da PECSA que dormimos na ida no início do ano(Isto foi coincidência, pois não tínhamos planejado). Interessante, observar que quando passamos em fevereiro o calor era insuportável. Nesses dias a temperatura chega por volta de 28ºC e a noite em torno de 19ºC. Muito bom para dormir e sem a necessidade do ar condicionado.

De manhã depois de tomarmos o nosso já tradicional café da manhã, reabastecemos o “Bisão” de água e também de combustível. Aqui no Peru o combustível é o B5(Biodiesel) ou mais conhecido no Brasil por S50. O dia foi muito tranquilo, temperatura agradável e pudemos reparar novamente a força do povo em plantar diversas culturas no deserto. No caminho, um carro buzinou e pediu para estacionar que queria falar conosco, é claro que percebemos que era um brasileiro. Este brasileiro, carioca, de nome Jairo, está há muitos anos no Peru, trabalhando com perfuração de poços de agua para a indústria de cana. O papo foi muito bacana, pois ele estava com saudades de falar em português e também saudades do Brasil que ele acompanha muito pela TV e mídias sociais as dificuldades e a também a violência na sua cidade natal. Explicou que seu filho foi visitar parentes na Tijuca(Rio de Janeiro) e está morrendo de preocupações, pois o filho comenta que tem tido muitos tiroteios na favela próxima. Foi muito legal o Jairo e deixou seu fone para que se precisássemos de algo, estaria a disposição em Lima. Agradecemos e seguimos viagem e dormimos numa estação de serviço da Repsol em Chancay.

Nesta noite pude ver a seleção do Peru jogar contra a Nova Zelândia e se classificar na repescagem para a Copa na Rússia. Foram 38 anos de espera para ir a uma copa do mundo. Fizeram uma grande festa e antes do jogo estavam todos os funcionários nas empresas, supermercados, enfim com a bandeira e camisa da seleção.

Já de manhã, por volta das 07:30 horas pegamos a estrada Panamericana PE – 1N com destino a Lima, capital do Peru. Contornamos Lima pela Variante e seguimos até a cidade de Nazca, onde dormimos numa estação de serviço da PetroPeru. Lembramos quando passamos por aqui no início do ano do cheviche que comi e passei mal por uns dias.

No ano de 2004, fizemos o passeio de avião para ver as Linhas de Nazca. Já fizemos de tudo por aqui, mas acredito quem melhor fez e mostrou as linhas foi uma reportagem feita pelo Fantástico da rede Globo.

Como estamos indo para o Brasil, os dias tem sido de pegar a estrada diariamente. Assim, continuamos pela mesma Panamericana PE-1S passando por muito deserto, e também muitas áreas irrigáveis e assim vão produzindo muitas frutas. Tocamos até a entrada para a cidade de  Arequipa e ali dormimos numa estação de serviço. Foi muito tranquilo e com uma temperatura bem amena. Diferente também de quando passamos por aqui no início do ano.

Levantamos de manhã, por volta das 06:00 horas e arrumamos as coisas, tomamos o nosso café e reabastecemos o “Bisão” de diesel B5=S50 e continuamos pela mesma rodovia até a fronteira em Tacna. Fizemos todos os tramites, pessoal muito atencioso e seguimos até a cidade de Arica no Chile pela rodovia Panamericana aqui chamada de Rod. Nr. 5 e dormimos numa estação de serviço da Copec bem na saída para a cidade de Iquique.

Hoje é domingo, dia de eleição no Chile, muito dos comércios estão fechados. Fomos ao mercado Líder em Iquique, fizemos algumas compras e seguimos pela Panamericana nr.5 até a divisa da Região I para Região II em Quillagua, onde estacionamos para passar a noite. Estes dias estão sendo um pouco monótonos, pois atravessamos somente deserto. Em alguns momentos, se avista algum oásis, mais em sua maioria é só deserto, onde a rodovia vai num sobe e desce e serpenteando as montanhas com o mar do Oceano Pacífico ao lado.

Bem, no dia seguinte, segunda feira, continuamos pela rodovia Panamericana nr.5 até o cruzamento na cidade de Maria Elena, pegamos a Ruta CH-24 passando por Chuquicamata e depois para a cidade de Calama. Depois seguimos pela Ruta CH-23 para a cidade de San Pedro de Atacama. Ali fizemos o nosso almoço, e no final da tarde resolvemos subir as montanhas pela Ruta CH-27 em direção ao Paso Jama. A subida é incrível, chega-se a 4.700 msnm. A falta de oxigênio é sentida pelo nosso corpo e também pelo “Bisão”. Assim fomos mantendo o olho na temperatura e no giro do motor. O visual do Paso Jama é lindíssimo e único. Já subimos altura semelhante e não sentimos tanto a altitude e segundo a explicação do médico na fronteira é que aqui não tem árvores, por isso se sente tanto  falta de ar. Faz sentido! Continuamos descendo o Paso até a cidade de Susque, para passar a noite, pois abaixa a altitude em praticamente 1.000 metros, assim passamos a noite acima dos 3.600 msnm. Estava também fria a noite, em torno de 1ºC. Do Paso Jama, seguimos pela Ruta RN-52 da Argentina até a cidade de Purmamarca. Dali em diante, entramos pela Ruta RN-9 até a cidade de Salta. Aqui vamos permanecer por uns dois dias para descansar e também fazer o seguro Carta Verde.

Foi um parto para fazer esse seguro aqui em Salta. Depois de correr por várias seguradoras consegui na SAS Seguros, mas tinha somente seguro para 4 meses incluindo outros países do Mercosul. Mas o custo era um pouco alto. Bem, pelo menos era uma alternativa. E sair de Salta sem seguro, no mínimo era problema anunciado nas barreiras policiais. Como quando entrei na Argentina tinha feito da Paraná Seguros, fui atrás dessa seguradora em Salta. Por sorte tinha uma sucursal. Mas se não tivesse levado a cópia do seguro anterior, também não conseguiria fazer. Demorou, mas consegui e o prazo de 30 dias que me interessava por um custo menos de 1/3 do valor da outra seguradora. Sempre que venho para a Argentina, faço o seguro na fronteira, pois o custo é bem mais barato do que no Brasil. Tudo resolvido, voltei para o Camping Carlos Xamena para descansar, pois no dia seguinte teremos estrada novamente.

Levantamos cedo e pegamos a RN9 até Torzalito e dali seguimos pela RN 34 até ao entroncamento com a RN16. Esta é aquela com intermináveis retas. Ela é uma rodovia que considero boa até a cidade de Taco Pozo. Dali em diante, até a cidade de Monte Quemado, torna-se uma tortura. Parece que esqueceram desta região. Muito buraco na pista e alguns lugares é melhor ir pela lateral da pista onde tem muitas pedras do que pela estrada. Velocidade muito reduzida para não cair em um buraco e cortar pneus. Depois volta a ser boa a rodovia e paramos para passar a noite no mesmo posto YPF da ida por coincidência na cidade de Presidente Roque Sáenz Peña. No dia seguinte, reabastecemos o “Bisão” com o Diesel Infimia S10 e tocamos pela mesma rodovia até a cidade de Corrientes e ali entramos na RN12. Seguimos com muito calor e paramos para almoçar na cidade de Empedrado as margens do Rio Paraná. Encontramos algumas árvores com sobra muito boa para amenizar o nosso calor e é claro que neste momento o nosso gerador entrou em ação para ligarmos o nosso ar condicionado. Almoçamos tranquilamente e descansamos por uma hora e depois voltamos para a RN 12 até o entroncamento com a RN 123 e dali seguimos até a RN14 e depois de poucos quilômetros entramos na RN117 a fronteira de Paso de Los Libre e assim que cruzamos a ponte internacional pegamos a BR 290 em Uruguaiana e logo que saímos da cidade paramos no Posto Ipiranga para passar a noite.

Em nossa terra Brasil, entramos a BR 290 que corta todo o Rio Grande do Sul de Leste ao Oeste até a cidade de Uruguaiana, e seu estado em alguns trechos com muito buracos e também com afundamento devido ao peso dos caminhões, ou construção não adequada, o que torna a rodovia muito perigosa principalmente com chuvas. Esta é uma importante rodovia tanto de escoamento da produção, como também, pelo turismo de países principalmente da Argentina e Chile que vem visitar as nossas praias nos meses de férias. Dormimos uma noite no Posto Laranjal e depois entramos na BR 101 Freeway até a nossa casa em Bombinhas(SC). Em casa o jardim estava com a grama muito alta. Uma pessoa vinha limpar, mas desistiu..., mas essa atividade não é problema pois gosto muito de fazer.

A chegada em casa, com muita alegria em termos conseguido realizar este nosso sonho e também, por ter corrido tudo muito bem com o nosso “Bisão” e com a casa Santo Inácio.

O que vivenciamos nestes últimos 10 meses vai ficar para sempre em nossas memórias. O aprendizado fantástico e também poder ver os animais em seu ambiente natural. Isto é claro tem seus riscos, e na verdade levamos alguns sustos, mas a satisfação em olhar os animais e ver em seus olhos a sua curiosidade por nós seres estranhos ao ambiente e também sentir a diferença entre estar no zoológico e na natureza. A expressão do olhar é completamente diferente. Não sei se estou exagerando, mas os olhos dos animais em zoológico me parecem muito triste, pouco expressivo. Enfim, são minhas estas percepções e posso estar completamente sugestionado. Importante, também a beleza e organização dos Parques Nacionais que visitamos, sendo os principais dos EUA e Canadá. A maior cidade que visitamos e que me impressionou muito foi Vancouver. Impressionou no sentido de ter muitos parques, banheiros na praia, ciclovias por toda cidade, a educação do povo e a preocupação de fazer uma cidade para pessoas e que tenham qualidade de vida. O Alaska(EUA), território de Yukon, British Columbia e Alberta no Canadá são lugares que voltaria a visitar. A sensação de segurança é fantástica e absurda.

Com certeza hoje somos pessoas bem diferentes de quando saímos daqui de casa. Podemos dizer que conhecemos um pouco das nossas Américas, sendo de Ushuaia (Extremo sul) a Prudhoe Bay (Extremo Norte) e podemos dizer também que temos muitas coisas em comum e também grandes diferenças de estruturas básicas, como: Educação, Saúde, Transporte, Rodovias, Ferrovias e Segurança Pública. As estruturas nos Parques Nacionais é de dar inveja, com camping, loja do parque, cinema (com filmes educativos sobre sua história), banheiros limpos, e alguns com restaurantes. O nosso país com as belezas que tem, porque não explorar isso? Isso faz parte da educação e da preservação da nossa natureza.

Enfim, a alegria é contagiante e voltaremos a sonhar, realizar e compartilhar com as pessoas que para nós são muito especiais.

Deixamos a todos, nosso grande abraço e carinho por ter nos acompanhados, e vivenciado conosco a realização de nosso sonho, e também pelas mensagens de incentivo, encorajamento e apoio.

Queremos agradecer a toda Equipe da Santo Inácio Motor Homes por ter nos apoiados desde o início da fabricação do nosso Motor Homes, e também ficando a disposição para qualquer eventualidade que poderia ter acontecido conosco. Felizmente tudo foi maravilhoso.

Dados da Expedição:

Quilometragem percorrida: 50.041 km;

Consumo de Diesel: 5.883 litros;

Consumo Médio: 8,5 km por litro;

Tempo da expedição: 10 meses= 300 dias;

Utilização de hotel: Em Cartagena, Cidade de Panamá e Vera Cruz no México(em função do transbordo via Roll on Roll Off  - dentro do navio);

Utilização de Camping: 47 dias principalmente dentro de Parques Nacionais.

Pneus: Continental (Conti Hybrid LA3 215/75/17,5)Nenhum furado;

Manutenção: Troca de óleo e filtros e pastilha de freios.

Grande abraço a todos que nos acompanharam, estamos sempre a disposição para compartilhar as nossas experiências e até a próxima EXPEDIÇÃO.
Acidente entre Chimbote e Tacna no Peru

Arica a San Pedro de Atacama - Chile

Arica a San Pedro de Atacama - Chile

Arica a San Pedro de Atacama - Chile

Arica a San Pedro de Atacama - Chile

Chimbote - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Chimbote a Tacna - Peru

Empedrado - Argentina

San Pedro de Atacama até Paso Jama - Chile

San Pedro de Atacama até Paso Jama - Chile

San Pedro de Atacama até Paso Jama - Chile


Tacna Fronteira- Peru
San Pedro de Atacama até Paso Jama - Chile

Uruguaiana - Brasil

Uruguaiana - Brasil

sábado, 11 de novembro de 2017

Expedição Brasil até ao Alaska - Diário do dia 31/10 a 11/11/2017


26 - Diário do dia 31/10 a 11/11/2017

Depois de muita luta, calor, paciência, pegarmos o “Bisão” no porto, e fomos para o hotel onde tem o estacionamento que permite ficar com MH, para fazermos os preparativos para começar a ir para o Brasil. Temos que desmontar as divisórias da cabine para casa, fazer limpezas, reabastecer a cozinha, encher o reservatório de agua mineral, agua para casa, enfim, mais um dia estacionado.
Tivemos que aguardar os nossos amigos Luís e Milu de Sorocaba(SP) que vinham de Miami e enviaram seu MH para Cartagena, o qual pedi a gentileza de comprar um adaptador para botijão de gás dos EUA, pois o meu estava com um pequeno vazamento. Chegaram bem, pois de Miami tem voo direto para Cartagena. A primeira vez que nos encontramos foi na Banff, depois em Fairbanks e a última no Alaska Highway, eles vindo da Milha 60. Foi bom conversar com ele em Cartagena.

Bem, no dia seguinte, pegamos a estrada pela Ruta 90 até o entroncamento com a Ruta 25 e dali continuamos por esta rodovia. Este trecho está muito bom. Paramos para reabastecer num Posto da Terpel, comprei gasolina também para o gerador e aproveitamos para fazer o nosso almoço depois de um longo tempo longe da nossa casa. Impressionante como nos adaptamos aos diferentes modos de viver. A gente sente a falta de mobilidade com o conforto de ter sua casa junto com você. Neste momento, com muito calor, gerador bombando energia para o nosso ar condicionado, e ainda veio uma chuva que também ajudou a amenizar o efeito da alta temperatura.

Tudo ajustado, voltamos para mesma rodovia. Quando por volta das 15 horas da tarde o transito foi interrompido para retirar um contêiner que caiu de um caminhão no dia anterior. Esta situa para mim inusitada. Vou contar: O caminhão vinha pela rodovia de numa curva desacoplou a carreta, e o caminhão foi para um lado e a carreta com contêiner para outro. A corte que não vinha ninguém, não estragou o contêiner e nem o caminhão. Enfim ninguém ferido. Até aí tudo bem. Chamaram um grande guincho que como o contêiner estava carregado, o contêiner trabalhava nas últimas, com muita dificuldade para pôr em cima do caminhão. Fui verificar o trabalho deles e como estava içando nos quatro lados do contêiner com cabo de em cada extrema e todos os lados ligados ao gancho do guincho. Como o contêiner era longo vi, e disse vou sair daqui pois isso não vai dar certo. Dito e feito, depois de muita tentativa o container dobrou no meio. Pensei! Nossa!!! Não houve nenhuma avaria no acidente e eles conseguiram destruir a carga. E o representante da Marfre Seguros dando a orientação. Assim ficamos mais de 3 horas e o nosso plano de viagem para esse dia foi pelos ares. Tocamos mais um pedaço e já estava escuro e resolvemos parar em um Posto de Combustível em Planeta Rica para pernoitarmos com segurança. Paga-se uma pequena taxa, mas pelo menos tem segurança. Por aqui não dá para ficar em qualquer lugar.
No dia seguinte, acordamos cedo, cumprimos com a rotina de sempre e seguimos pela mesma Rod.25 (Panamericana na Colômbia). Esta estrada neste trecho tem muito sobe e desce, pistas estreitas e com muitas curvas. Subimos perto de 3.000 msnm em Llanos para Santa Rosa dos Ossos, depois baixamos para os 1500 msnm para Medellín. Depois de Medellín subimos para 2800 msnm em Alto de Minas e dali começamos a descer por quase 70 kms com muito cuidado, rodovia cheia de caminhões, aqui chamados de “mula”, chegando a noite na cidade de La Pintada, que tem um camping no centro da cidade. Fomos lá, tem piscina que usam para passar o dia. O lugar para MH era no estacionamento e como era sábado tinha também um baile. Bem, cansados, pensamos deve ter outro lugar para ficar. Perguntamos na frente onde tinha um parqueadero público para estacionar e passar a noite. Podíamos estacionar, mas não ficarmos dentro da casa. Então, perguntei sobre o lugar que tinha no Ioverlander, conhecido por ginásio. Disse-me que os viajantes ficam ali e a cidade é muito tranquila. Fomos e estacionamos bem no final e ligamos o nosso gerador para refrescar e passarmos a noite. Tudo muito tranquilo e de manhã, tinha um Argentino também estacionado.

Assim, voltamos e saímos da Panamerica na entrada para Súpia, pois tinha sido bloqueada a estrada pelos indígenas. Seguimos pela Rod.50 por Chinchiná, Santa Rosa de Cabal, Dosquebradas, Cerrito e voltamos novamente para a Rod.25(Panamericana) em Cartago. Continuamos até Cali para pernoitarmos. Daqui em diante, Villa Rica a rodovia está fechada pelos indígenas e não se pode passar. Todos os acessos para o Sul estão fechados há 09 dias. As cidades de Popayán e Pasto estão sem abastecimento de combustível em função disso. Os indígenas estão muito revoltados com o governo e a violência está muito grande, colocando fogo em caminhões, etc. Nós estamos numa estação de serviço da Terpel aguardando a liberação da rodovia. Enfim, estamos nos sentindo presos. Essa sensação é horrível, pois estamos num país em que não é o nosso e não podemos continuar a nossa viagem. Temos que controlar a nossa ansiedade, ter calma e serenidade para aguardar essa liberação. Interessante, como as coisas se repete na vida. Situação semelhante vivemos na Bolívia no ano de 2004 quando demos um 360º na América do Sul. Lá ficamos 11 dias sitiados em La Paz e corremos sério risco de morte. Bem nesta estação de serviço estou conversando com todos que passam e também com a Polícia. 
Depois de 2 dias parados esperando que liberassem a rodovia, recebemos enfim uma notícia boa, na noite de segunda feira. Bem, aguardaremos até o próximo dia para que além de liberar a rodovia, façam a limpeza nela para que possamos trafegar com segurança.
Após o nosso café da manhã, reabastecemos o “Bisão” de combustível e também o reservatório do gerador e seguimos pela Rod. Panamericana. Foram quase 400 kms de muita tensão até a cidade de Pasto. No caminho, muitas pedras, arvores cortadas, e muito vidro de para-brisas quebrados. Quando chegamos a cidade de Pasto Galeras.
De manhã cedo, reabastecemos o “Bisão” de combustível e de agua potável e seguimos a nossa viagem até a fronteira do Equador. Fizemos os trâmites e tocamos pela Rodovia E 35 (Panamericana)até a cidade Cayambe, dormimos também na Estação de Serviço do Petroequador no centro da cidade, num estacionamento fechado.
Foi uma noite muito agradável a 2.750 msnm, temperatura em torno de 9 ºC, muito gostoso para dormir. Levantamos cedo, e logo que a rotina foi cumprida, reabastecemos o “Bisão” de diesel e nos pomos na estrada. Vale ressaltar que o combustível mais barato foi no Equador. Sendo o galão (3,785 Litros) por USD 1,03. Pela minha conversão do dólar, preço de compra no Brasil, ficou em torno de 0,90 (noventa centavos de real) o litro. Muito bom o preço. 
Daqui de Cayambe, resolvemos mudar o rumo e estamos indo em direção a Guayaquil. Saímos da Rod. E 35(pan-americana) e pegamos a Rod. E20 em Aloag e seguimos nela até a cidade de Santo Domingos de los Colorados. Dali entramos na Rod. E25 passando pelas cidades de Quevedo, Ventanas, Pueblo Viejo, San Clemente e dormimos na cidade de San Juan numa estação de serviço da Mobil. Da cidade de Aloag até Santo Domingos, subimos até 3.250 msnm e depois descemos por mais de 97 km uma serra gigantesca, com muitas curvas e estreita, mas com vista formidável, pena que não tinha acostamento para parar e tirar fotos, pois tinha muito movimento e não queria ficar com caminhão muito perto da nossa traseira. Amanhã seguiremos em direção a Guayaquil pela mesma Rod.E25.
A Rod.25 até Guayaquil continua da mesma forma, sendo que a pista é muito boa, mas não tem acostamento, ou o acostamento é muito estreito e os carros e ônibus param de repente no meio da pista. Tem que ter muito cuidado também.
Em Guayaquil ficamos no Camping/estacionamento Hostal Macau, bem próximo do shopping e de taxi para a cidade não é muito caro. O local é sombreado, com luz, agua e wifi. O pessoal é bem bacana também. Esta cidade, apesar de estar três vezes no Equador, ainda não a conhecíamos. Muito interessante, parte moderna no Malecom 2000, arborizada e com vista interessante para o Rio Guaya. 
No dia de hoje, sábado está sendo realizada a Exposição Internacional de Orquídeas no centro de eventos e aproveitamos para visitar. A Valk adorou, e realmente estava muito bonito, com várias espécies premiadas. Vamos aproveitar para passear pela cidade e depois seguir em direção ao Peru. Mas isso conto no próximo post.
Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Cartagena a divisa  com Rumichaca Equador 

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil  

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Exposição Internacional de Orquídeas em Guayaquil

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000

Guayaquil - Malecon 2000